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Mato Grosso do Sul

Suspeita de agredir Idosos em Campo Grande demite funcionários; colaboradores denunciam coação

Fonte: G1 / MS

Foto: Câmeras de segurança / Reprodução

A presidente da Casa do Aconchego, Suely Gomes dos Santos, que é suspeita de agredir verbal e fisicamente idosos atendidos na instituição, demitiu quatro funcionários da entidade nesta segunda-feira (29). Os maus-tratos foram registrados por câmeras de segurança. Veja as imagens abaixo.

Mulher é flagrada por câmeras de segurança agredindo e discutindo com idosos
Mulher é flagrada por câmeras de segurança agredindo e discutindo com idosos

Funcionários demitidos procuraram a polícia para dar depoimento sobre “coação” na Casa do Aconchego.

Uma das funcionárias dispensadas disse ao g1, que mesmo com a proibição judicial de se aproximar dos 19 idosos que moram no local, em razão das denúncias de maus-tratos, a presidente da instituição esteve no local e demitiu os colaboradores, alegando “perda de recursos financeiros”.

Segundo o advogado de defesa de Suely, Alex Santos, foi obtida uma liminar, concedida pela juíza Katy Braun da Vara da Infância, Adolescência e do Idoso, a mesma que decidiu pelo afastamento da diretora, que garantiu a entrada da mesma na instituição por 2 horas para que pudesse “pegar documentos e tudo que é necessário para gerir a casa remotamente”, como afirmou ao g1 o defensor.

O advogado disse ainda que, no momento da entrada no local, ele e a diretora estavam acompanhados de oficial de justiça e reforço policial. “Os idosos sequer a viram”, informou Alex Santos.

O advogado afirmou que ocorreram as demissões e que Suely pediu para o conselho de direção da Casa o afastamento das “suas atividades administrativas”.

“A Suely pediu renúncia ontem como presidente. A vice deve assumir no momento”, afirmou.

Demissões

Os quatro funcionários, que não quiseram se identificar por medo de represálias, foram até a delegacia para dar depoimento sobre o ocorrido e “ajudar nas investigações”. Uma dessas pessoas declarou: “Nos demitiu porque somos testemunhas a favor dos idosos. Fomos muito coagidos por três funcionários de lá, que estão a favor dela e que ganharam cargos”, revelou.

De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, os funcionários foram até a delegacia para comunicar que “se sentiram pressionados para não deporem” no caso que envolve os maus-tratos ocorridos da Casa do Aconchego.

A investigação segue em sigilo. O delegado complementou: “Encaminhando os elementos suficientes para que o ministério público possa ofertar a denúncia no momento oportuno”.

Entenda o caso

Suely Gomes dos Santos, presidente da instituição Casa do Aconchego, lar para idosos em Campo Grande, foi flagrada por câmeras de segurança agredindo fisicamente e ofendendo verbalmente moradores do local, que tem convênio e recebe repasses financeiros da prefeitura. O caso foi denunciado em 23/11.

O Ministério Público entrou com duas ações na Justiça contra Suely. Em uma delas, que está em sigilo, a juíza da Vara da Infância, Adolescência e do Idoso, Katy Braun, determinou medidas protetivas em favor de 19 abrigados. As medidas proíbem que a presidente da instituição tenha contato com os idosos, tendo que ficar a uma distância mínima de 300 metros deles, sob risco de prisão.

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