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História

15 de Janeiro de 1985: Um breve relato opinativo e informativo desta data, por aquele que nem mesmo era nascido

Texto: Gabriel Torres – Foto: Wikimedia Commons

Era eleito nesta data o senhor Tancredo de Almeida Neves, o primeiro presidente civil após 21 anos de Ditadura Militar instaurada no Brasil. Na ocasião, venceu a disputa contra Paulo Maluf, candidato oficial dos militares.

Ainda que em eleição indireta, Tancredo Neves representava um fio de esperança para o Brasil, que vivia um tempo sombrio de perseguições, desaparecimentos, torturas e mortes capitaneadas pelos ditadores.

Tancredo Neves tomaria posse no dia 14 de Março, porém sentiu fortes dores. Segundo o site Aventuras na História, naquela época foi assim que aconteceu:

“No princípio, informou-se que Tancredo sofrera uma crise de apendicite. Por fim, os médicos declararam que haviam extraído um divertículo de Meckel, espécie de obstrução no intestino, o popular ‘nó-nas-tripas’,” diz a reportagem.

Na época, como não era difícil de se imaginar, e até mesmo não julgo quem tenha pensado desta forma, suspeitava-se que Tancredo poderia ter sofrido um atentado por parte dos militares, relutantes em entregar o poder, porém a informação foi descartada pela própria família.

“O mal que acometera Tancredo e abatera o país não foi súbito. Tampouco inevitável. “Desde junho do ano anterior, pouco antes de afastar-se do governo de Minas para se dedicar à campanha presidencial, Tancredo vinha sentindo mal-estares e fortes dores na barriga”, diz Aécio Neves, neto de Tancredo e um dos que acompanharam de perto toda a doença do avô. Tratado com paliativos “aspirinas e antibiótico Keflex”, o quadro se agravou. Sete meses depois, em janeiro, já na condição de presidente eleito, Tancredo sofreu uma crise”, diz a reportagem.

Às 10h do dia 15 de Março, Tancredo não estava lá, mas sim o seu vice, José Sarney. Por longos dias o Brasil passava pela agonia de ver o primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar respirar por aparelhos. Tudo envolvia medo, até que no dia 21 de Abril, “Dia de Tiradentes”, era um domingo como hoje, e o país veio abaixo em lágrimas às 22h23 com a confirmação da morte de Tancredo de Almeida Neves.

Muitos choraram! Vários não estão mais entre nós, e outros ainda guardam a lembrança da data. Eu, que escrevo esses texto, nem mesmo era nascido, mas reconheço ter sido um importante capítulo da história política nacional.

Que o medo desta época não mais volte a nos assombrar. Prezo pela democracia e pela paz entre os povos. Que saibamos discutir, divergir opiniões, sempre com educação e prezando pelo que é correto.

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