Campo Grande

Em MS, servidor público compartilha foto com fuzil em grupo de professores e diz: ‘tô pronto se precisar atirar em petista’

Fonte: G1 MS – Foto: Reprodução

Um servidor público de Campo Grande compartilhou uma foto segurando uma arma em um grupo de WhatsApp de professores e funcionários de uma escola municipal. Junto ao registro, o agente patrimonial escreveu a seguinte mensagem: “tô pronto se precisar atirar em petista”. Na imagem, o agente aparece com um fuzil.

Explicação do servidor

Em entrevista ao g1, o servidor público sul-mato-grossense se apresentou como Lucas e confirmou ter enviado a foto no grupo. Ele foi questionado sobre o motivo de ter compartilhado as mensagens, e disse que fez por engano.

O servidor relatou que estava comemorando a virada do ano, e um conhecido ofereceu a arma para ele fazer o registro.

“Assim que mandei a foto e a mensagem, apaguei. Apaguei no mesmo minuto. A diretora da escola está ciente da situação. Eu escrevi a mensagem por engano e logo depois avisei minha chefia. A foto eu enviei errada, e a mensagem foi o corretor ortográfico”, disse o agente patrimonial.

O servidor relatou que a mensagem foi um equívoco do corretor ortográfico, porém não disse o que pretendia escrever.

‘Tom de ameaça’

Professores e outros servidores da escola municipal onde o servidor trabalha informaram ao g1 que se sentiram ameaçados com as mensagens e a foto publicada por Lucas.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) diz que lamenta a situação e que não é conivente com situações de violência. Leia a nota na íntegra mais abaixo.

Segundo a apuração feita pelo g1, a foto foi publicada no dia 31 de dezembro em um grupo de WhatsApp com professores e outros servidores da escola, que fica na Vila Carvalho, em Campo Grande.

Depois que a foto foi publicada, alguns servidores reagiram a mensagem e outros “printaram” a publicação, que acabou sendo compartilhada em outros grupos de funcionários públicos de Campo Grande.

“Fiquei preocupada, isso é ameaça. A pessoa está ameaçando. Muitas pessoas estão preocupadas”, disse a professora Eugênia Portela, que compartilhou a foto das mensagens nas redes sociais.

A Polícia Civil foi procurada para saber se algum registro de ocorrência foi feito sobre o caso, porém, até a última atualização desta matéria, nenhum retorno foi obtido.

Posição da Semed

“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) esclarece que a postagem foi realizada em um grupo de WhatsApp. O servidor, que é agente patrimonial, apagou a mensagem em seguida e esclareceu que postou de maneira equivocada. A Semed lamenta o ocorrido e esclarece que não é conivente com qualquer conduta que fomente a violência.”

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