Texto: Gabriel Torres – Foto: Reprodução / Câmara Municipal de Bataguassu
Durante a palavra livre, o primeiro a tecer críticas à administração foi o vereador Dr. Eder (PODEMOS). Ele falou sobre problemas na hemodiálise municipal.
“Temos uma regra na hemodiálise, que lá deve ter no mínimo dois médicos nefrologistas, duas enfermeiras, uma assistente social, uma psicóloga e uma nutricionista. Corremos o risco de perder a pactuação para o Estado. Se não perdemos até hoje é porque tem alguém ajudando. Aqui na terra, ou Deus mesmo”, disse o vereador.
“Nós temos enfermeira nefrologista que passou em concurso a ser chamada. Foi chamado o primeiro, que desistiu, e tem o segundo a ser chamado. Qual o motivo de não chamar logo? Pra que essa profissional assuma o seu cargo. A enfermeira que está lá hoje, está sobrecarregada, daqui a pouco ela surta, tem uma síndrome de burnout”.
O Vereador Renatinho pedindo a parte para o vereador Dr Eder, deixou registrado que a próxima enfermeira a ser chamada foi escurraçada pelo atual secretário de saúde, da hemodiálise.
Finalizando o uso de sua palavra livre, o vereador se mostrou indignado com o decreto publicado na última sexta-feira (10).
“Dinheiro não leva desaforo pra casa. Sempre disse aqui, que o dinheiro sabendo usar, não vai faltar. O decreto evita férias, licencia prêmio, festividades, e é com muita tristeza que nós recebemos um decreto desse aqui no município. Ainda mais pela campanha que foi feita durante as eleições, de humanização. Sempre coloquei em dúvida, e hoje está sendo colocado em prova que não há humanização”, finalizou.
O segundo a tecer críticas foi o vereador Cleyton Silva, que cobrou sobre a convocação do Secretário municipal de Saúde, para que este preste esclarecimentos para a Câmara Municipal.
“Este é um assunto de interesse não só da Câmara Municipal, mas de toda a população. Peço que saia hoje uma data para essa convocação. Nós temos um prazo na nossa lei orgânica que é de 15 dias para a resposta dos requerimentos. Foi um requerimento de Convocação, então podemos adotar esse prazo de 15 dias que vence na próxima segunda-feira”, disse Cleyton.
Mostrando preocupação com nova alta de casos confirmados de Covid-19 no município, o vereador Cleyton Silva propôs um requerimento para que a Secretaria Municipal de Saúde apresente um relatório de como os casos vêm sendo mapeado no município nos últimos meses.
“Recebi informações de que está aumentando muito os casos de Covid-19 em Bataguassu. Nós tínhamos um boletim que era divulgado, e entendemos que realmente houve essa queda, mas pelo que estão falando, está tendo um aumento muito expressivo. Então seria importante que redobrem as nossas atenções sobre esse assunto, então peço um requerimento para a Secretaria Municipal de Saúde, para que nos passem um relatório, de como vem sendo feito esse mapeamento de casos aqui em Bataguassu”, disse Cleyton.
O vereador Cleyton ainda no uso de sua palavra criticou o decreto municipal que apresentou corte em férias, licença prêmio e festividades.
“Somo as palavras do vereador Dr Eder, pois é um assunto que a gente falou muitas vezes aqui nessa casa. Eu mesmo disse muitas vezes que essa conta iria chegar, e chegou. Quem vai pagar essa conta é principalmente os nossos servidores efetivos. Já foi dito muitas vezes nessa casa que não se votava contra servidores. Mas tem que ver o que se vota direta ou indiretamente. As alterações no plano da estrutura administrativa fizeram saltar de 118 cargos para 225. Alertamos na época que isso representaria um aumento de R$ 4 milhões ao ano. E com essa aprovação, essa casa votou para prejudicar servidores”, disse Cleyton.
Em sua palavra, o vereador Nivaldo Marques deu voz à moradores que mostraram indignação com a saúde municipal.
“Sabe o que me assusta? É que há um tempo, foi dito nessa tribuna, que dinheiro não era problema. Hoje não tem um carro pra levar um paciente pra Três Lagoas, não tem sequer uma ultrassom e a comunidade está a mercê. E o secretário onde está? Liguei e não me atendeu. Acredito que viu que era eu ligando. Queria saber que fim levou aquela UTI que chegou. Tiraram fotos na frente da prefeitura e aí voltaram pra dar uma ajeitada nela, mas eu gostaria que fosse pautado um requerimento para saber que fim levou a ambulância UTI. Porque está prestes a acabar o contrato de uma que está alugada, e vão renovar o contrato. Se juntar o contrato das duas da pra comprar uma nova.
O vereador Professor Fabio destacou em sua fala a situação deplorável das ruas do município. Onde em muitas há lixo e muita sujeira.
“Bataguassu está largada. A sujeira acumulada nos bairros de Bataguassu é uma coisa impressionante. Eu quero fazer um apelo ao secretário Renan. Alguém tem que tomar a frente disso. É uma prioridade. Porque essa sujeira acumulando, vai estourar na saúde, porque é época de chuva, aí vem dengue, as viroses, a questão dos animais. Tudo está se acumulando. Se o dinheiro não dá pra tudo, escolha as prioridades e faça o que der pra fazer”, disse Fábio.
O último vereador de oposição a apresentar críticas foi Renatinho. Ele relatou que os secretários reclamam sobre não ter condições de trabalhar. O vereador ainda relatou que as máquinas estão sucateadas, tirando peças de umas para colocar em outras.
No uso de sua palavra, o vereador Celson Magalhães relatou que gostaria de estar defendendo a administração perante as críticas, mas não está sendo possível. Anteriormente, a fala foi do presidente da casa, Maurício do XV, que
“Sou vereador da base, mas sempre cobrei desde o início. Eu alertei muitas vezes lá atrás sobre isso que passamos hoje”, disse Celson.
“Quando chegou aqui o projeto para cortar funcionários públicos, eu não pautei e pedi para o prefeito retirar. Fizeram uma comissão e vai ter que cortar as férias e uns 20 cargos. Se não fizer isso vai comprometer o 13° e até o pagamento de dezembro”, disse Maurício.
Você pode conferir essas e outras falas através do link abaixo, com a sessão na íntegra.