Texto e foto: Gabriel Torres
Na noite de ontem (29) ocorreu mais uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Bataguassu, onde os vereadores trataram de assuntos importantes para o município.
O assunto de maior destaque a “Operação Jazida”, deflagrada pela Polícia Civil no último dia 26, que cumpriu buscas em uma empresa que executou obras públicas na cidade de Bataguassu. As investigações apuram fraude na execução de contratos de obra de asfaltamento no munícipio de Bataguassu, na rodovia conhecida como Reta A1, Porto XV.
No uso da palavra, o vereador Cleyton Silva se mostrou insatisfeito pela votação da criação de uma CPI para investigar irregularidades ter sido retirado de pauta na última hora pelo presidente da Casa, o vereador Maurício do XV (PSDB).
“Propomos a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que a gente possa investigar. Não estamos aqui para julgar ninguém. A criação da comissão é para investigação. Já passou da hora dessa casa tomar uma atitude. Preciso retroceder no tempo e falar do trabalho de investigação, de dedicação, de fiscalização, a qual foi encaminhada para as autoridades competentes, e assim aconteceu a operação da última sexta-feira. Me socorri a autoridades, diante das gravidades flagrantes que estavam acontecendo, para que fosse feita a investigação e constatar as irregularidades”, disse Cleyton.
Cleyton ainda destacou que na cerimônia em que anunciaram a obra, palavras foram ditas diretamente contra sua pessoa, no sentido de que “… quem está contra a administração, está contra a população”. Lembrando também que foi retirada emenda que seria utilizada para recapeamento do bairro Reta A1, somada a outra emenda totalizou o valor de R$ 3 milhões, mas com os aditamentos aprovados pela Prefeitura Municipal, liderada por Akira Otsubo, rapidamente subiu para mais de R$ 5 milhões.
Pedindo a parte no uso da palavra, o vereador Professor Fábio parabenizou o vereador Cleyton, por ter tomado a atitude no passado de ter estranhado os aditivos e ter tomado atitude para que fosse feita a investigação.
“O senhor fez a fiscalização e fez a denúncia. É o verdadeiro trabalho que deve ser feito por um vereador”, disse Fábio.
Admitindo a quebra de protocolo, o vereador Maurício do XV, presidente da Casa de Leis, disse ter tomado essa atitude por já ter outra CPI para votar, essa que deve ser votada na próxima sessão. Ainda segundo o mesmo, não se faz necessária a CPI, pois a Polícia investigou apenas a empresa de Campo Grande e não alguém da administração municipal.
“Uma comissão só da converseiro e desgraça para a Câmara, a população entende de forma diferente as vezes. Se a investigação não chegou até alguém da prefeitura, não somos nós que vamos criar esse tumulto”, disse Maurício.