Fonte: Midiamax / Foto: Madu Livramento
Aos amantes de astronomia, o calendário de fenômenos no céu está repleto e, o melhor, visíveis a olho nu em Mato Grosso do Sul. Então, prepare o telescópio ou câmera e confira o cronograma do espetáculo celeste, como a superlua e chuva de meteoros.
A chuva de meteoros Perseidas está entre os eventos mais esperados do mês. O Star Walk diz que os meteoros estão ativos desde o dia 17 julho, entretanto, com o pico esperado para o dia 12. As Perseidas ocorrem todos os anos entre meados de julho e final de agosto.
“No seu pico, as Perseidas produzem cerca de 100 meteoros por hora, sendo consideradas uma das correntes de meteoros mais prolíficas. De acordo com a Organização Internacional de Meteoros, em 2024, espera-se o maior número de meteoros em 12 de agosto”.
Chuva de meteoros Perseidas
Será um espetáculo celeste, pois poderão ser vistas várias “estrelas cadentes”. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rastro de detritos deixado por um cometa ou asteroide (em alguns casos especiais).
Ainda conforme o Star Walk, cada chuva de meteoros tem um corpo pai; para as Perseidas, é o grande cometa periódico 109P/Swift-Tuttle. Embora ele se aproxime do nosso planeta apenas uma vez a cada 133 anos, observamos as Perseidas anualmente porque a Terra cruza a trilha do cometa todos os anos.
“A última vez que o cometa 109P/Swift-Tuttle passou perto da Terra foi em 1992, e prevê-se que ele retornará em 2126. Um astrônomo que estava calculando sua órbita uma vez sugeriu que ele poderia colidir potencialmente com nosso planeta em 2126. No entanto, refinamentos subsequentes indicaram que o cometa não representará uma ameaça”.
Vai dar para ver em MS?
Segundo o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional, o momento exato do pico da atividade está previsto para segunda-feira (12), entre 10h e 13h no horário de Brasília.
A chuva de meteoros é visível anualmente de meados de julho até o final de agosto, com duração até setembro. Este ano, mesmo com a lua 50% iluminada durante o pico das Perseidas, ela poderá ser vista por volta da meia-noite até o amanhecer.
Contudo, essa chuva de meteoros é particularmente favorável para observadores do Hemisfério Norte. Em seu pico, sob condições ideais, os observadores podem esperar ver até 100 meteoros por hora. No entanto, no hemisfério sul, a observação será um tanto limitada.
Ou seja, as condições para ver a chuva de meteoros Perseidas será de visualização razoável para quem está principalmente na região Norte no Brasil. Nas demais regiões, a chuva será “mais fraca”.
O monitor do Clube de Astronomia Carl Sagan, Henrique Amaral Arcuri, explica que a região de maior concentração da chuva Perseidas será próximo do horizonte a Norte. A grande maioria dos meteoros acabará sendo ocultada pelo próprio horizonte, ou seja, será possível uma visualização de uma quantidade consideravelmente menor de meteoros.
“Para a observação de meteoros, a recomendação é que seja a olho nu, é possível registrar com o uso de câmera para a gravação de vídeos. Perseidas é a maior chuva de meteoros com recorrência anual. Ela ocorre anualmente entre 17 de julho e 24 de agosto, com o pico geralmente em torno de 12 a 13 de agosto. Durante esse período, a Terra passa pela trilha de detritos deixada pelo cometa Swift-Tuttle. Esses detritos se queimam na atmosfera terrestre, criando as famosas ‘estrelas cadentes’ ou meteoros. O nome ‘Perseidas’ vem da constelação de Perseu”.
Os meteoros podem atingir a Terra?
Os meteoros Perseidas são basicamente detritos cometários: pequenas partículas de poeira e gelo. Eles são frágeis e se desintegram ao entrar na atmosfera. Quase nenhum deles alcança o solo, mas se um fizer, é chamado de meteorito.
Lua do Esturjão
Na noite do dia 19 de agosto, a primeira Superlua do ano promete iluminar o céu, de acordo com o Farmers’ Almanac, será a vez da Lua do Esturjão ou Superlua Azul.
Não, a lua não aparecerá azul, mas leva esse nome em referência ao peixe, visto em grande escala em lagoas da América do Norte. Conforme o Observatório Nacional, a superlua, que pode ser cheia ou nova, ocorre de uma a seis vezes por ano. No entanto, em alguns casos, a distância Terra-Lua é menor do que em outros. Isso ocorre porque a órbita da lua não é circular, mas sim elíptica.
Conforme o Superinteressante, perto das 15h26 no fuso horário de Brasília, vai começar o primeiro fenômeno de superlua do ano. A lua poderá ser vista a olho nu sem precisar de equipamentos especiais ou telescópio.
“A superlua é uma lua cheia que ocorre quando a Lua está em seu ponto mais próximo da Terra, conhecido como perigeu. Durante uma Superlua, a Lua pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua cheia média. A porcentagem exata da luminosidade pode variar dependendo de vários fatores, como a atmosfera e o local de observação, mas em termos gerais, ela será significativamente mais brilhante e maior do que a lua cheia comum”, descreve Arcuri.
Apesar de começar no período da tarde, terá mais luminosidade no céu noturno. Caso não esteja nublado, a vista em algum ponto longe das luzes da cidade deixará o cenário perfeito para observação.
Conjunções
O Star Walk explica que uma conjunção planetária ocorre quando dois ou mais planetas aparecem próximos uns dos outros no céu. Essa proximidade dos planetas é uma ilusão de ótica — na realidade, eles estão muito distantes uns dos outros.
“Do ponto de vista astronômico, uma conjunção acontece quando objetos celestes compartilham a mesma ascensão reta ou longitude eclíptica no céu”.
Neste mês estão previstas conjunções com Saturno, Júpiter e Marte.
Confira o calendário
• 12 de agosto – Lua em Quarto Crescente
• 12 e 13 de agosto – Máxima atividade da chuva de meteoros Perseidas
• 14de agosto – Conjunção entre Júpiter e Marte
• 19de agosto – Lua Cheia; Superlua
• 21de agosto – Conjunção entre Lua e Saturno; ocultação lunar de Saturno
• 26 de agosto – Lua em Quarto Minguante
• 27 de agosto – Conjunção entre Lua e Júpiter
• 28 de agosto – Conjunção entre Lua e Marte