Fonte: Campo Grande News – Foto: Adilson Domingos
Foi encontrado na tarde desta quarta-feira (30) o corpo do indígena guarani-kaiowá Alonço Cabreira, 89, que estava desaparecido há dois dias em Dourados. Ele foi assassinado no mesmo local onde sua filha, de 11 anos, foi estuprada e morta em 2021.
O corpo de Alonço foi encontrado ao lado de um paredão da pedreira desativada na Aldeia Bororó, que junto com a Jaguapiru formam a Reserva Indígena de Dourados.
A poucos metros dali, no paredão do outro lado da pedreira, a filha dele foi jogada de uma altura de 30 metros, em agosto do ano passado. O corpo foi achado dois dias depois.
Depois ser obrigada a consumir bebida alcoólica, a menina foi estuprada por três adolescentes e dois adultos, um deles tio dela. Para não serem denunciados, eles jogaram a adolescente do paredão de pedra. O corpo foi encontrado dois dias depois. O tio da menina foi encontrado morto na cela um dia depois de ser preso.
No início da tarde de hoje, moradores da reserva encontraram o corpo de Alonço Cabreira a poucos metros de onde a menina foi encontrada morta quase 16 meses atrás.
A principal suspeita da polícia é de que o homem, que nasceu em 24 de outubro de 1933, tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Familiares informaram que Alonso saiu na segunda-feira (28) para receber um dinheiro e não voltou para casa.
Peritos da Polícia Civil constataram ferimentos de faca no rosto e pescoço de Alonço. Apesar de o corpo estar ao lado de um paredão de pedra, não há indícios de que tenha sido jogado do penhasco, como ocorreu com a filha.