Na noite de segunda-feira (27), às 19h08, 38 minutos após o previsto, teve início mais uma sessão ordinária da Câmara Municipal de Bataguassu. Em pauta entre os assuntos, esteve o projeto de lei enviado pelo prefeito Akira Otsubo, que dispõe sobre a doação de terrenos.
Em uso da palavra livre, o vereador Cleyton Silva (PODEMOS), não viu necessidade de que o projeto fosse aprovado em regime de urgência.
“Me manisfesto contra o regime de urgência desse projeto, pois um projeto dessa importância deve ser melhor estudado, e fica evidente a não necessidade da urgência, porque o projeto se trata de uma futura doação de terrenos para fins habitacionais […] a área não cumpre nenhuma das exigências para o loteamento. No local não há água, não há luz, não há asfalto, não há saneamento, então porque não analisar melhor? E porque a discussão tem que ficar restrita a base do prefeito”, disse Cleyton.
No uso da palavra livre, o vereador Dr Eder (PODEMOS), também se manifestou contra o projeto de lei.
“Na campanha eleitoral foi feita a promessa de mil casas, e nada vai ser feito. Vai ser impossível. E agora vem com um projeto em regime de urgência. Sabe como se dá remédio para cachorro? Enfiando goela abaixo! Não sou cachorro! Eu vou me abster do voto. Eu não sou contra a população, sou contra o regime de urgência e sou contra o jeito como está sendo feita a política”, disse Dr Eder.
O Vereador Cleyton ainda definiu o projeto como um “estelionato político”.
“Retornando a discutir o projeto, eu falava do estelionato político que é este projeto. Falava de como foi noticiado que seriam construídas mil casas em Bataguassu, falava de necessidade de vir aqui novamente, mesmo sabendo que esse projeto será aprovado”, disse Cleyton.
Durante a sessão, Cleyton ainda lembrou que a construção de um balneário no Distrito de Nova Porto XV e a Praça da Colônia Japonesa no Jardim Novo Horizonte não foram consideradas de necessidade imediata da população, tendo em vista que a população tem necessidade de habitação, onde foi citada as 1000 casas, que até o momento não saíram do papel.
A vereadora Eliane (PSDB), em ação conjunta com a base do prefeito municipal propôs duas emendas no projeto de lei, alterando o texto oficial, com o acréscimo dos termos “por lei”.
No uso da palavra, o vereador Renatinho (PSDB) defendeu a emenda sem que fosse levada a lei para as comissões.
Também em defesa do projeto, o vereador Celson Magalhães (MDB) se manifestou a favor do projeto.
O projeto foi aprovado por 9 votos a favor e 2 abstenções.