Fonte: Midiamax – Foto: Acervo pessoal
Com apenas 3 anos e oito meses, a buldogue inglês Prada morreu na tarde de ontem (8) minutos após voltar do banho em um petshop de Campo Grande. Após avaliação veterinária, a família descobriu que a cadela tinha líquido nos pulmões e apresentava caso de hipertermia e baixa saturação. O caso, o segundo do tipo no intervalo de sete dias, está sendo investigado pela Polícia Civil.
Tutora da Prada, a médica Anelise Amaral conta que funcionário do pet shop buscou a buldogue por volta das 9h para o banho que já era rotina. Por volta das 13h40, a cadela foi trazida de volta, mas já não era a mesma.
“O porteiro viu que ela não conseguia andar e estava com respiração ofegante e a língua roxa. Ele chegou a falou para o motorista, mas ele ignorou o fato e disse que isso era normal pela raça, que estava tudo bem”, relata.
Quando a filha de Anelise foi até a portaria do prédio, notou que o quadro era mais grave do que se pensava. “O motorista do petshop foi embora e deixou ela naquele estado. Minha filha correu para levá-la na clínica, mas no meio do caminho ela teve a primeira parada”, detalha a médica.
No veterinário, equipe identificou que Prada apresentava quadro de hipertermia, com 41,7 graus, estava com saturação baixa, na casa de 40% e os pulmões estavam com líquido. Ela foi intubada, teve os pulmões aspirados, mas não resistiu e morreu pouco tempo depois de ser recebida.
“Era uma cachorra saudável, bem cuidada, nunca teve doença alguma, inclusive, tenho os últimos exames que não apontam nenhuma doença pré existente”, afirma Anelise.
A tutora da buldogue inglês disse que foi até o petshop, que se colocou à disposição e contestou a possibilidade de que algo tenha acontecido com a cadela dentro da empresa. A família solicitou imagens do circuito de segurança do pet shop e aguarda conclusão do laudo veterinário para acioná-los judicialmente.
Boletim de ocorrência pelo crime de maus tratos a animais foi registrado ontem mesmo na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), que vai investigar o caso.
“Estamos todos em choque. É difícil acreditar que mandamos ela para tomar banho esperando que voltasse uma princesa e ela chegou morrendo. É tudo muito doloroso, um dano irreparável que não tem dinheiro no mundo que vai trazer nossa Prada de volta”, finalizou Anelise.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o petshop para ter um posicionamento sobre o caso, mas, até o fechamento dessa matéria, não teve retorno. O espaço segue aberto para envio de esclarecimento.