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Amambai

Grupo circense faz “espetáculo” para crianças com Cupido de cueca e choca cidade de MS; prefeito alega ter sido enganado pelos “artistas”

Fonte: Campo Grande News

Apresentação de circo em Amambai no domingo chocou a população da cidade que no lugar de inocente palhaçada, levou crianças para assistir a um personagem de cuecas, em um show que começou com striptease é virou caso de polícia, envolvendo a prefeitura da cidade, que aparecia em material publicitário como apoiadora do evento.

Um cupido de cueca com coração em frente às partes íntimas bastante saliente, por sinal, esfregou-se em espectadores e rebolou em frente às crianças que acompanhavam o show de infrações.

Conforme página do grupo no Instagram, indicar que o público-alvo é a partir dos 16 anos, nas postagens é possível verificar crianças bem menores acompanhando. E mais, hoje, depois de denúncia, a PMA (Polícia Militar Ambiental) foi até os responsáveis e apreendeu duas serpentes, sendo uma delas exótica e proibidas – assim como qualquer outro animal – em apresentações circenses em Mato Grosso do Sul.

Em outro trecho, o ator rebola em cima de um palco onde diversas crianças acompanham de perto o homem seminu, que antes disso, começa a se apresentar vestido, segue em direção a um homem que já está no palco, e rebola em sua frente. O levanta e em seguida o agarra.

Nas redes sociais, a população se revoltou. “Um absurdo até eu sendo uma pessoa adulta ,tenho vontade até de vomitar. Essa atração infeliz não agrega nada de bom na cabeça dessas crianças”, disse uma internauta. Em outra manifestação, pessoa chama a apresentação de “show de golpistas” em propaganda para a cidade de Ivinhema, que seria hoje.

A Prefeitura de Amambai, onde ocorreu o evento, emitiu nota se defendendo. Panfleto entregue nas escolas da cidade mostrava o apoio municipal ao espetáculo e hoje se manifestou afirmando que “é comum a administração pública incentivar manifestações de artistas que nos procuram e oferecem como contrapartida, benefícios para a nossa população, que no caso da companhia circense em questão seria retorno financeiro a uma entidade do município, qualificação de profissionais locais com uma oficina de circo e ingressos gratuitos para crianças carentes”.

Também cita que incidiu em erro diante das publicações da própria equipe, dizendo que “o material foi produzido com base na própria arte de divulgação do Show do Cupido, (…) que em momento algum faz menção ao conteúdo impróprio para crianças e muito menos à faixa etária indicada para o espetáculo das 20h30, como bem pode ser observado nas demais artes que se encontram publicadas na página do circo”.

Por fim, afirma que “manifesta seu repúdio à qualquer ação “artística” ou não que coloque crianças e adolescentes em situações como as ocorridas durante a apresentação do Palhaço Cupido e informa que já está tomando as providências cabíveis”.

Na página da trupe é possível conferir que eles já haviam passado pelas cidades de Eldorado e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul.

Crime ambiental – Policiais ambientais foram ao local das apresentações e constataram a presença de duas serpentes usadas nos shows: uma jiboia com aproximadamente 1,2 metro de comprimento e uma Phyton, considerada exótica, de um metro de comprimento.

A lei Estadual 3.642/2009 proíbe o uso de qualquer tipo de animal como atrativo e dispõe que “fica proibida, em todo o território do Estado de Mato Grosso do Sul, a apresentação de espetáculo circense ou similar que tenha como atrativo a exibição de animais de qualquer espécie”, além de citar que “consideram-se animais os seres irracionais, quadrúpedes ou bípedes, domésticos ou selvagens, nativos ou exóticos”.

O dono do circo foi multado em R$ 47.380,00 e afirmou que não sabia da proibição. Os animais foram apreendidos e encaminhados ao Cras (Centro de Animais Silvestres), em Campo Grande. Ele responderá por crime ambiental de introduzir espécime no país sem autorização, por causa da serpente exótica, com pena de três meses a um ano e por manter animais silvestres ilegalmente em cativeiro, pela jiboia, com pena prevista de seis meses a um ano de detenção. Nenhuma das serpentes tinha documentação legalizada.

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