Fonte: Campo Grande News – Foto: Adilson Domingos
Morreu nesta tarde a mulher atropelada na madrugada de hoje (16) no Residencial Estrela Porã, na região oeste de Dourados (a 251 km de Campo Grande). Célia Ribeiro da Silva, 23, sofreu múltiplas fraturas e traumatismo craniano encefálico e estava intubada no Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos.
O autor do atropelamento foi o comerciante Eliazar Dimas da Silva, 54. Preso pela Polícia Militar a menos de 1 km do local do acidente, ele se negou a fazer teste de bafômetro, mas foi autuado em flagrante na Polícia Civil por deixar de prestar socorro à vítima e por “conduzir veículo sob influência de álcool ou outra substância psicoativa”.
Morador na Vila Toscana, ele passou a noite na cadeia, mas já está livre. Durante audiência de custódia, cerca de uma hora antes da morte ser confirmada pelo hospital, o juiz da 2ª Vara Criminal, Deyvis Ecco, rejeitou o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil e concedeu liberdade ao comerciante mediante pagamento de fiança de R$ 1.302, já recolhida.
O magistrado também determinou que Eliazar compareça trimestralmente ao Fórum para justificar suas atividades e determinou suspensão da CNH do comerciante por um ano.
Fugiu – De acordo com a Polícia Militar, o atropelamento ocorreu por volta de 2h30 na Rua Olga de Lima Melgarejo. Quando cruzava a rua, Célia foi atingida pelo Toyota Corolla prata. Ela sofreu fratura exposta no tornozelo direito, fratura exposta no ombro direito, trauma na face e foi socorrida inconsciente, com traumatismo craniano.
Testemunhas informaram aos policiais que o autor do atropelamento estava em um Corolla prata e tinha fugido em direção ao Residencial Arezzo, na mesma região da cidade. Durante a ronda, a PM localizou o carro na Rua Manoel Amaro de Mattos, esquina com Marcio Piva, na Vila Toscana.
O Corolla tinha avarias no para-choque, no farol esquerdo, estava com o para-brisa quebrado e sem parte do retrovisor esquerdo, que ficou no local do acidente.
Eliazar disse aos policiais que não viu a mulher atravessando a rua. No momento da prisão, alegou que estava a 70 km por hora e se negou a ser submetido ao teste de bafômetro.
Interrogado na delegacia, no entanto, ele disse que estava a 40 km por hora, alegou ter fugido por temer pela própria segurança, já que o carro teria sido cercado pelos moradores, e disse que os PMs não pediram para ele se submeter ao teste de bafômetro. Essa versão foi desmentida pelos policiais, também em depoimento à Polícia Civil. Com a morte, Eliazar deve ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção).