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Bataguassu

Pai e filho lideram grupo que espanca e deixa homem em coma irreversível em Bataguassu

Fonte: Jornal Cenário MS / Foto: Redes Sociais

Um homem de 41 anos foi brutalmente espancado por um grupo pelo menos 6 pessoas lideradas por pai e filho, na noite desta sexta-feira, dia 25, em Bataguassu. 

A vítima foi transferida em coma para a Santa Casa de Campo Grande e nenhum dos envolvidos na tentativa de homicídio foi preso até o momento. O motivo das agressões foi uma discussão depois que a vítima encostou o carro na moto de um dos agressores. 

A vítima é Martins Barbosa da Silva e os principais agressores são Lucas Domingues dos Santos, de 25 anos e o pai dele, Fernando Santos Rocha, de 46 anos. 

Testemunhas contaram que Martins estava saindo de um bar, localizado na Avenida Aquidauana, esquina com a Rua José Vicente Vitiritti em companhia de um amigo.

Segundo depoimentos, no momento em que Martins manobra o veículo para sair do local, Lucas tenta estacionar uma moto Honda Hornet e o carro de Martins encosta no para-lamas da moto. Martins desce do carro e oferece o telefone de contato para Lucas; neste momento iniciasse uma discussão, uma vez que Lucas questiona o DDD do telefone de Martins que pertence a outro Estado.  

O amigo de Martins contou que ofereceu o próprio contato e interferiu na discussão, afirmando que iriam até a delegacia registrar o caso e todos deixaram o local por volta das 22 horas. 

Mais tarde, por volta da meia-noite, Martins e o amigo foram até uma lanchonete localizada na Rua São Bento, no Bairro São Francisco, próximo a uma clínica médica; neste momento, Lucas, o pai, Fernando e outros jovens aguardavam a vítima em uma tocaia, próximo ao trevo de acesso que liga o bairro ao Centro. 

O amigo de Martins contou que ouviu o grupo gritar “olha lá o cara!” e cerca de 8 pessoas cercaram a vítima e passaram a espancar Martins com socos e chutes até a vítima desmaiar. Em seguida o grupo passou a depredar o carro, quebrando lanternas, vidros e furando um dos pneus. O celular da vítima também foi destruído. 

Testemunhas afirmam que a namorada de Lucas, que ainda não foi identificada e o pai do rapaz, identificado como Fernando, faziam parte do grupo. Um adolescente, vestindo uma camiseta da rede pública de ensino e conduzindo uma bicicleta, também teria participado do ataque. 

Durante as agressões, a dona da lanchonete tentou interferir e um dos envolvidos afirmou que se ela “abrisse a boca, levaria um tiro“. O grupo também agrediu o amigo de Martins com socos no rosto e fugiu antes da chegada da Polícia Militar. 

A equipe de resgate do Corpo de Bombeiros esteve no local e a vítima foi socorrida inconciente, com múltiplas fraturas na cabeça, hemorragia interna e costelas quebradas. 

Martins precisou ser transferido em estado gravíssimo para a Santa Casa de Campo Grande em coma. Exames revelaram múltiplos traumatismos cranioencefálicos, edema cerebral e desvio da linha média cerebral. A vítima foi submetida a uma cirurgia para conter a hemorragia e permanece em coma desde que foi socorrido pela equipe de resgate.

Para a família, o médico responsável pela internação da vítima no CTI informou que o coma é irreversível e que “quem bateu nele, bateu para matar“. 

Lucas, Fernando e o restante do grupo fugiram do flagrante do crime. A Polícia Militar realizou rondas e nenhum dos envolvidos foram encontrados. No dia seguinte, Lucas e Fernando foram presos, prestaram depoimento e foram liberados. 

O delegado responsável pelo caso informou que pai e filho foram liberados após depoimento porque não estavam mais em  situação flagrancial. Os demais envolvidos ainda não foram identificados e ninguém foi preso até o momento. 

As policias civil e militar estão investigando o caso. 

Martins é pai de 2 filhos e cuidava do pai idoso. 

Familiares e amigos lamentaram o caso nas redes sociais. “É inacreditável que tenham tentado matar ele por que encostou em uma moto. Quanto vale a vida de uma pessoa?” perguntou a irmã. “A vida dele agora depende de um milagre” diz outro comentário. Dezenas de pessoas comentaram na publicação de outro irmão lametando a extrema violência.  

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