Fonte: Campo Grande News – Foto: Adilson Domingos
Pelo menos dois policiais civis lotados em delegacia da fronteira são acusados de envolvimento com grupo pego com carga de 540 quilos de cocaína pura, apreendida na noite de ontem (5) em Dourados.
O Campo Grande News apurou que um deles foi preso durante a noite em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, e o outro está foragido. A investigação ocorria há alguns meses e envolve a Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
O diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Lupersio Degerone Lúcio, confirmou nesta manhã que o caso envolve policiais civis. Segundo ele, a situação vinha sendo monitorada há algum tempo. Entretanto, não confirmou a prisão do policial. A Polícia Civil deve divulgar nota oficial sobre o caso.
A reportagem apurou que o esquema começou a ser investigado há cerca de oito meses, quando policiais rodoviários federais flagraram viatura da Polícia Civil em alta velocidade seguindo pela BR-463, de Ponta Porã para Dourados.
Segundo apurado pela reportagem, dois policiais civis, possivelmente lotados na delegacia de Aral Moreira, estavam na viatura. Na viagem para Dourados, eles pegaram atalho para não passar pelo Posto Capeí. Na volta, a pedido da Polícia Civil em Dourados, os agentes foram abordados pelos PRFs e depois seguiram viagem de volta para a fronteira.
Diante da situação, a Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco foram informados. Existe suspeita de que viaturas estariam sendo usadas para trazer cocaína da linha internacional até o entreposto em Dourados.
Na noite de ontem, equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) apreendeu a cocaína pura em entreposto que funcionava numa casa no cruzamento das ruas Izzat Bussuan e Duque de Caxias, na Vila Rosa, região norte de Dourados, e fez a ligação com os policiais civis.
Homem de 38 anos que cuidava do entreposto foi preso em flagrante. Um Fiat Uno foi apreendido no local. A droga e o preso foram levados para a Polícia Civil. O agente envolvido teria sido preso em seguida, em Ponta Porã.
