Fonte: CBN – Foto: Reprodução
Na manhã de 13 de março de 2019, um adolescente de 17 anos e um homem de 25 invadiram a escola Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Armados, os dois ex-alunos da unidade mataram sete pessoas a tiros e depois se suicidaram. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.
Foi o segundo maior ataque a escolas brasileiras. O maior ocorreu em 2011, quando 12 crianças foram mortas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro.
Até então, essas ações pareciam uma realidade distante do país, acostumado a assistir a cenas semelhantes nos Estados Unidos. Com o fim da pandemia, os casos se intensificaram.
Casos aumentam depois da pandemia
Só em 2022 e 2023, foram 21 ataques, quase 57% de todos os 37 registrados no Brasil. O último deles ocorreu em 4 de março deste ano, quando três pessoas foram esfaqueadas por um adolescente no Distrito Federal.
Logo após a tragédia em Suzano, o governo paulista anunciou a criação do Conviva, um programa que busca qualificar professores e dirigentes escolares para desenvolver ações que tornem o ambiente de ensino mais acolhedor.
No ano passado, depois de dois novos ataques, o Estado contratou mil seguranças não-armados para atuar nas escolas da rede pública. Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informou também que contratou 550 psicólogos para atendimento presencial.
Em âmbito federal, o presidente Lula sancionou em janeiro uma lei que criminaliza o bullyng e o cyberbullyng.
Especialistas ouvidos pela CBN alertam, no entanto, que a maior parte das medidas é focada no aspecto da segurança, enquanto os ataques têm motivações complexas e variadas.