Fonte: Cenário MS / Foto: Polícia Civil
Vinicius Maciel Oliveira, de 28 anos, popularmente conhecido como Profeta e pré-candidato a vereador pelo MDB em Bataguassu, foi preso nesta terça-feira, dia 30 de julho, após romper a tornozeleira eletrônica.
Vinicius havia sido preso no dia 5 de junho, acusado de tortura psicológica e ameaça contra a ex-esposa. No dia 6, passou por audiência de custódia e foi solto, sendo obrigado a usar tornozeleira eletrônica, até 14 de julho, quando a rompeu o equipamento, alegando que machucava sua perna.
Diante do crime, o Ministério Público revogou a concessão de liberdade e solicitou nova prisão preventiva de Vinicius, que foi capturado pela Polícia Civil de Bataguassu na tarde de terça-feira (30), na região central da cidade. Na tarde desta quarta-feira (31), Vinicius deve ser submetido a nova audiência de custódia.
Esta é a terceira prisão do rapaz, que já havia sido detido em dezembro por desobedecer medida protetiva que o obrigava a manter distância da ex-companheira, por quem era acusado de ameaça e prática de tortura psicológica de cunho religioso.
Em 2024, no dia 20 de maio, a vítima voltou a procurar a delegacia da cidade para denunciar Vinícius. Na ocasião, ela relatou que o rapaz teria ido até sua casa no sábado (18) e retornado na madrugada daquele dia, em tons de ameaça, para que a mulher permitisse sua entrada na residência. Vinicius teria afirmado que, se não pudesse entrar, “Deus castigaria” a mulher e que ela perderia a guarda dos filhos se não lhe obedecesse.
Entre as torturas psicológicas das quais Vinicius é acusado, haveria a afirmação de que os filhos da vítima estariam doentes por consequência de um “castigo divino”. Na época, a denúncia detalhava que o rapaz, que se denomina profeta, quebrou janelas, portas e portão do imóvel, além de furar o pneu da bicicleta da vítima.
O texto da denúncia, registrada em maio, informa que, além de jogar pedras contra a casa da mulher durante a noite, Vinicius a persegue em locais públicos, usando da crença religiosa da vítima para aplicar agressão psicológica e convencê-la a deixá-lo se aproximar, desobedecendo à ordem judicial que a protege. Segundo o texto, isso levou a vítima a tentar o suicídio.
Na ocasião, o Jornal Cenário MS apurou que, antes da denúncia registrada em maio, Vinicius Maciel já possuía, ao menos, 7 autuações: 4 delas pelo crime de ameaça, 2 por injúria e 1 por violação de domicílio.
O caso resultou em uma investigação aprofundada pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Bataguassu, que culminou na segunda prisão do “Profeta”, no dia 5 de junho. Um dia após a prisão, o Ministério Público concedeu ao rapaz o direito de responder em liberdade, até 15 de julho, quando rompeu a tornozeleira eletrônica e o benefício foi extinguído.
Nos 54 dias em que esteve fora das grades, Vinicius Maciel utilizou as redes sociais para divulgar sua pré-candidatura ao cargo de vereador em Bataguassu pelo MDB.
