Bataguassu

Vítima de gordofobia, influenciadora busca justiça contra adolescentes de Bataguassu

Fonte: Jornal Cenário MS / Foto: Rede Social

A influenciadora Mayra Fernandes, de 32 anos, moradora de Cubatão (SP) e conhecida nas redes sociais por seu conteúdo sobre moda e aceitação na área midsize, foi alvo de ataques gordofóbicos e ofensivos por duas adolescentes de 13 e 14 anos, moradoras de Bataguassu.

Segundo relatos, o caso, que envolve comentários preconceituosos e assédio virtual, levou Mayra a registrar uma ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Cubatão, no dia 28 de outubro, onde o crime foi tipificado como injúria.

A situação iniciou após Mayra publicar um vídeo no TikTok falando sobre o uso inadequado de medicamentos para emagrecimento, como o Ozempic, e o impacto do culto à magreza extrema na saúde da geração atual.

Em resposta, uma das adolescentes envolvidas fez comentários ofensivos, que Mayra utilizou para criar um vídeo educativo. A adolescente, então, compartilhou o conteúdo com amigos, resultando em uma série de comentários agressivos de outros jovens, além de repostagens de fotos de Mayra com legendas ofensivas.

De acordo com Mayra, enquanto recebia mensagens de apoio de jovens da mesma cidade das agressoras, ela também continuou a ser atacada e viu as adolescentes publicarem vídeos e posts zombando da situação. Mesmo após uma tentativa de diálogo, na qual as adolescentes inicialmente pediram desculpas, os ataques continuaram. Testemunhas que denunciaram o caso à influenciadora também foram assediadas, sendo chamadas de “cúmplices da gorda” pelas jovens de Bataguassu.

Em um dos vídeos, uma das adolescentes afirma de forma irônica: “Olha a minha cara, mano, nunca mais vou fazer bullying na minha vida, nessa miséria de bosta de internet; só vou fazer pessoalmente nesse c******* . Agora vai todo mundo se f*** que eu vou fazer o que eu não faço na internet.”

A influenciadora relatou que, além de entrar em contato com as mães das adolescentes responsáveis pelos ataques, também procurou a instituição escolar onde as jovens estudam, a qual prestou apoio à influenciadora.

A vítima informou que, inicialmente, as mães demonstraram empatia pela situação e afirmaram que iriam conversar com as filhas sobre o ocorrido. No entanto, após alguns dias, a mãe de uma das adolescentes entrou em contato novamente, questionando a influenciadora sobre a postagem de prints com os insultos feitas pelas jovens. Segundo Mayra, a mãe da adolescente alegou que a influenciadora estava expondo a filha de maneira inadequada.

As adolescentes citadas na matéria não foram identificadas em cumprimento ao art. 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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