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Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul apresentou uma das menores taxas de mortes por intervenção policial do Brasil

Fonte: Correio do Estado

Foto: Arquivo Correio do Estado/Álvaro Rezende

Mato Grosso do Sul apresentou uma das menores taxas de mortes em decorrência de intervenções policiais (MDIP) em 2020, com média de 0,7 óbitos a cada 100 mil habitantes.

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras.

No ano passado, o Estado registrou 21 mortes ao todo, ocasionadas por policiais civis e militares, em serviço ou não. Número menor que o apresentado em 2019, quando foram 62 casos.

A taxa de Mato Grosso do Sul só ficou atrás do Distrito Federal (0,4) e Minas Gerais (0,6), e foi seguido pelos estado da Paraíba (0,9) e Piauí (1,1).

Em contramão, a média nacional (3), foi a maior desde que o indicador passou a ser monitorado pelo FBSP, em 2013. Naquele ano, eram 2.212 mortes, já em 2020, foram 6.416 vítimas fatais de civis e militares da ativa, aumento de 190%.

Em serviço ou fora, as polícias estaduais produziram, em média, 17,6 mortes por dia.

As unidades federativas onde as polícias estaduais foram mais letais foram Amapá (13,0), Goiás (8,9), Sergipe (8,5), Bahia (7,6) e Rio de Janeiro (7,2).

“Se a essência do mandato policial reside na possibilidade de uso da força, inclusive a letal quando necessário, isto não deve ser visto como um cheque em branco ou de total liberdade aos agentes policiais”, enfatiza a pesquisa.

O estudo ainda analisou a proporção de mortos em intervenções policiais, em relação ao total de homicídios.

Dessa forma, é possível supor que em territórios mais violentos, com maiores índices de homicídios e outros crimes contra a vida, os policiais se vejam mais frequentemente em situações de alto risco que impliquem o uso da força.

Em Mato Grosso do Sul, a letalidade produzida pela polícia corresponde, em média, por 4,3% de todas as mortes violentas intencionais. A média nacional é de 12,8%.

O local com o menor índice foi o Distrito Federal, 2,5%, e o com maior proporção foi o Amapá, 31,2%.

Segundo os pesquisadores, esta porcentagem não deve exceder 10%, “dado que se trata de um indicador de proporcionalidade do uso da força”.

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