Fonte: Correio do Estado
Foto: Reprodução / Diário Corumbaense
Grávida de 5 meses, Adriely de Paulo Costa, de 23 anos, que morreu após colisão entre embarcações na noite de terça-feira (10), estava indo para a cidade fazer exames, de acordo com a mãe, Jocilene Costa Nascimento. Duas crianças de 3 anos, uma delas filho de Adriely, continuam desaparecidas no Rio Paraguai, na região de Corumbá, distante 419 quilômetros de Campo Grande.
“Ela morava com o marido na fazenda e o filho de três anos. Provavelmente, vinha para a cidade fazer exames por conta da gestação. Adriely, infelizmente, viajava na ponta da embarcação”, disse a mãe em entrevista ao Diário Corumbaense.
O neto de Jocilene e outra criança caíram no rio no impacto da colisão e foram levadas pela correnteza. “Ainda não sabemos notícias sobre o meu neto. Estamos aguardando”, declarou a avó.
Além do menino desaparecido, Adriely tinha outro filho, de seis anos. Conforme Jocilene, ele mora na cidade por causa da escola. A mãe ainda contou que a filha morreu justamente no dia em completaria dois anos de falecimento do avô. “O avô dela faleceu no dia 10 de agosto. E dois anos depois, foi a minha filha”, lamentou.
Investigação
Investigações sobre o acidente apontam que uma das embarcações envolvidas carregava mais passageiros do que o permitido. Os pilotos foram levados para a 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, na tarde de ontem (11) e prestaram depoimento.
Detalhes sobre os relatos não foram divulgados para não prejudicar as investigações, mas segundo o delegado Willian Rodrigues de Oliveira, a investigação já constatou que a embarcação em que as vítimas estavam transportava mais passageiros do que o permitido para o seu tamanho.
Eram 12 pessoas no barco. Adriely e o filho estavam entre os passageiros da embarcação que afundou no Rio Paraguai após a colisão. O menino e outra criança da mesma idade, uma menina, foram levados pela correnteza e continuam desaparecidos.
No outro barco estava apenas o piloto. A colisão ocorreu na região do Formigueiro, local também conhecido como Boca do Tatu. Ainda não se sabe exatamente a dinâmica do acidente e, por isso, nós próximos dias, a polícia deve ouvir pessoas que estavam na embarcação.
